“Falcons” no lugar dos continentais

Apesar das desistências de última hora, o Torneio de Natal de Juniores promete competição forte na luta pela vitória.

Associações | FPB
19 DEZ 2005

Não há equipas do continente, mas estarão presentes duas selecções Açores e uma equipa norte americana.

“Está tudo tratado… Só falta o apito do árbitro”. É desta forma que o directortécnico da Associação de Basquetebol da Ilha Terceira (ABIT) antecipa o Torneio de Natal de Juniores, masculinos e femininos, que tem iníciomarcado para o próximo dia 17 de Dezembro. A designação inicial da prova era “Torneio Nacional”, mas a não comparência de equipas que já haviam confirmado a presença tirou alguma abrangência territorial à prova. Ou seja, nem todos os objectivos foram cumpridos, mesmo assim o departamento técnico quer dar uma competição diferente aos atletas terceirenses eusou a imaginação para não suspender a realização do Torneio. “Houve alguns atrasos porque estivemos até ao último momento à espera das respostas dos clubes do continente. Alguns garantiram a presença, mas depois, por um ou outro factor, tiveram de declinar o convite e isso atrasou um pouco a definição de algumas coisas, mas o Torneio vai mesmo para a frente”, refere João Ávila, director técnico da ABIT, que fala depois das alternativas encontradas: “Face a isto e para não cancelarmos o Torneio, resolvemos manter a prova com a entrada de uma equipa americana, os ‘Falcons’ (do High School), e de duas selecções Açores de Cadetes que estão a estagiar na Terceira (Sicília 2006 e Córsega 2007), uma femininaoutra masculina”. Mais explicações não existem… Os técnicos da Associação partiram de uma base alargada de clubes nacionais que foi sendo reduzinda à medida que iam sendo dadas respostas animadoras em relação à presença destas equipa. Só que à última hora houve indisponibilidade de alguns que estavam dados como certos e quando se tentaram outros clubes, já era tarde… Para João Ávila “o estado económico do país é um factor de peso. Os clubes e os pais não têm a disponibilidade financeira que tinham em anos anteriores. A Associação suporta as despesas que as equipas têm aqui na Terceira, mas as passagensaéreas ficam a cargo da equipa convidada. Acho que esta foi uma das razões para não termos equipas do continente. Os outros, convidados maistarde, não tiveram tempo suficiente para angariar os meios necessários à sua vinda à Terceira”, conclui.COMPETIÇÃO INTENSADepois das explicações é tempo de falar sobre o Torneio, que promete bons jogos e muita luta pela vitória. A maior curiosidade será a comparação entre as equipas locais e os americanos dos ‘Falcons’, equipa do High School da Base Aérea, mas há também expectativa em relação ás prestações dasduas Selecções dos Açores que preparam a prestação nos Jogos das Ilhas, que estão em estágio e vão aproveitar para competir apesar de seremformadas por jogadores do escalão de Cadetes e, sobretudo, para ver a evolução dos jovens atletas terceirenses, que durante quatro dias vãodisputar… quatro jogos. As equipas presentes na prova masculina são: Angra- Basket, Vitorinos, Lusitânia, Selecção Açores (Cadetes) e ‘Falcons’. No sector feminino estarão presentes o Clube Juvenil Boa Viagem, o TAC,Vitorinos, Selecção Açores (Cadetes) e ‘Falcons’. Os jogos são vinte e dividem-se entre o Municipal de Angra e o pavilhão da Preparatória de Angra e, segundo João Ávila, prometem espectáculo… “Espero que haja espírito defair-play e um empenho total dos atletas. Vão haver muitos jogos, muita movimentação nos pavilhões e espero que seja uma boa campanha depromoção do basquetebol. Penso que pode haver uma boa participação, mesmo em termos de público, uma vez que não há aulas”, refere o técnico, que abordou no final da conversa um tema ‘quente’, que se prende com a utilização dos atletas. A mensagem é a seguinte: “Não vão haverjogos de outros escalões, de forma a não prejudicar nem o Torneio, nem os clubes. É claro que existem jogadoras da Selecção Açores que fazemparte de equipas que estarão presentes no Torneio, masvamos tentar, em conjunto com os técnicos que estas situações se resolvam da melhor maneira”… Está dado o recado. Agora pede-se bom senso…

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19 DEZ 2005

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